O Mercado mudou – Quem é a “Nova Consumidora”?

Hoje em dia fala-se numa “nova consumidora”. Informada, tecnológica e sem tempo a perder, esta “nova consumidora” espera do hairstylist uma resposta que corresponda às suas expectativas. Conhecer e compreender profundamente o seu perfil, é um trunfo que permite ao hairstylist partir em vantagem e estar à altura do desafio. Para o ajudar a compreender os hábitos da mulher portuguesa e conhecer o contexto da beleza profissional, a Divisão de Produtos Profissionais de L’Oréal Portugal realizou o estudo “Beleza Profissional”.

CABELOS… MAS NÃO SÓ!

Há boas notícias para a indústria da beleza profissional! A mulher portuguesa deixou para trás a postura discreta e começou a preocupar-se, cada vez mais, com a aparência. De tal forma que hoje a beleza é parte integrante do seu conceito de felicidade. Esta é a primeira grande conclusão do estudo “Beleza Profissional” e os números não deixam margem para dúvidas:
68 % DAS MULHERES PORTUGUESAS PROCURAM MANTER UMA BOA APARÊNCIA FÍSICA
84% DAS MULHERES CONSIDERA QUE OS TRATAMENTOS DE ESTÉTICA SÃO IMPORTANTES PARA O SEU BEM-ESTAR
62% DAS MULHERES RECORRE A SERVIÇOS DE COLORAÇÃO (EM 2016)
47% GOSTARIA DE TER MAIS TEMPO PARA TRATAR DE SI E DA SUA APARÊNCIA NO DIA-A-DIA

 

O cabelo continua a ser a prioridade das mulheres portuguesas. A categoria tratamentos capilares representa 23% no total das categorias de beleza, seguida da categoria dos tratamentos de rosto com 18%. Já a categoria dos tratamentos de corpo representa 10%.

No entanto, as conclusões do estudo mostram que a procura de serviços profissionais que vão além do cabelo aumentou 41% e ainda que os salões de cabeleireiro são o 1.º destino para realizar manicure e pedicure, o que deixa antever uma oportunidade para apostar em serviços adicionais dentro do espaço do salão.

 

Embora existam características transversais à grande maioria das mulheres portuguesas, o estudo vem mostrar-nos que a relação que as consumidoras têm com a beleza varia em função da sua idade, o que permite identificar dois tipos de consumidora com diferentes graus de exigências e expectativas.
 

VANGUARDISTAS:

• Mulheres dos 15 aos 40 anos.

• Vêem a beleza numa dimensão social, como uma necessidade de expressão e afirmação.

• São altamente digitais e, portanto, grandes conhecedoras do mercado.

• Procuram estar alinhadas com as últimas tendências.

• Visitam com menor frequência os salões.

• Optam por espaços de beleza com conceito e serviços inovadores.

TRADICIONAIS:

• Mulheres com mais de 40 anos.

• A beleza assume uma dimensão pessoal.

• Têm medo de arriscar e menos confiança em si mesmas.

• Na maioria das vezes, não seguem tendências.

• Visitam com maior regularidade o salão.

• Consideram o serviço profissional diferenciador.

 

O QUE ENCONTRAM VERSUS O QUE PROCURAM

O espaço

As mulheres esperam que o ambiente do salão reflicta características como a individualidade, privacidade, originalidade e actualidade. Quando vão ao salão, desejam encontrar um espaço confortável, onde lhes é prestado um serviço único e privilegiam um ambiente intimista, que lhes ofereça a oportunidade para conversar com o profissional sem que se sintam observadas. É igualmente importante que o espaço seja o mais amplo possível e apresente uma decoração moderna e ainda, que estas duas variáveis sejam conjugadas no sentido de minimizar aspectos como o ruído e os odores. A criatividade e a actualidade é sobretudo valorizada no caso da consumidora vanguardista.

O papel dos profissionais

As mulheres portuguesas (especialmente as que detêm um perfil “tradicional”) valorizam o papel do hairstylist no salão. Prova disso é o crescimento do grau de confiança que as consumidoras depositam no seu hairstylist: 76% das mulheres portuguesas confia no seu hairstylist e 67% decide em conjunto com o profissional o visual a adoptar. As consumidoras querem, sobretudo, sentir cumplicidade, segurança e confiança no profissional.

Produtos e serviços

Mais de metade das clientes referiram não saber da possibilidade de comprar produtos profissionais no salão. A ausência de preços visíveis nos produtos, a par da falta de aconselhamento por parte dos profissionais são apontados como os principais factores que levam a uma inibição da compra por parte dos consumidores.

Em relação à oferta de serviços, as clientes mostram-se receptivas à ideia de existência de outros serviços no salão, uma vez que se revelam mais predispostas a usufruir de outros serviços caso confiem no espaço. No entanto, o usufruto de serviços adicionais é ainda percepcionado pelas mulheres portugueses numa lógica de encadeamento, isto é, os serviços sucedem-se uns aos outros.

Tempo e preço

Para as mulheres portuguesas, o tempo é precioso pelo que procuram rentabilizar ao máximo uma ida ao salão. Afirmam também que o factor preço constitui uma surpresa no final do serviço, uma vez que o valor de cada serviço e/ou produto não está devidamente identificado.

A RESPOSTA DOS SALÕES:

Os resultados extraídos do estudo mostram-nos a necessidade de fidelizar e conquistar mais mulheres para os espaços de beleza profissional, principalmente as mulheres mais jovens (com idades entre os 15 e os 40 anos), que procuram serviços e espaços inovadores. Além disso, é clara a oportunidade de crescimento para serviços adicionais nos salões de cabeleireiro. A pergunta que se impõe é: Como fazê-lo?

Tratamento personalizado

Tal como acontece numa consulta médica, onde o médico tem acesso imediato ao historial e aos dados clínicos do paciente, as clientes esperam ter uma experiência idêntica quando entram num salão de cabeleireiro. Um número considerável de mulheres referiu que gostaria de ter uma Ficha de Cliente onde estariam registadas as características do seu cabelo, os serviços aos quais se submeteram bem como a reacção do seu cabelo aos mesmos. Desta forma, aumentaria a segurança nas suas opções, uma vez que as decisões seriam tomadas com base num histórico.

Aconselhamento e revenda

Os hairstylists devem adoptar uma postura de conselheiros de beleza global, sugerindo produtos e serviços ao seu cliente, tanto no salão como para manutenção em casa. Para tal, é imprescindível reorganizar a área de revenda, apostando na exposição dos produtos e na visibilidade dos preços.

Salão enquanto espaço de beleza global

O salão deve procurar rentabilizar ao máximo a visita de uma cliente, explorando a oportunidade de crescimento dos serviços adicionais, que vão desde a manicure, aos tratamentos de rosto e massagens. A responder a esta tendência estão já vários salões portugueses: 71.5% dos salões de cabeleiro realizam serviços de manicure e pedicure mas, somente 34.5% dos salões realizam tratamentos de pele e massagens. A oferta de vouchers ajuda a incentivar as clientes a experimentarem outros serviços, uma vez que são vistos enquanto mecanismos de recompensa.

 

 

Aplique ao seu dia-a-dia
As conclusões deste estudo revelam-nos um panorama positivo, com um enorme potencial de crescimento. Cabe agora a cada profissional olhar para os resultados aqui apresentados e utilizá-los enquanto ferramentas diárias para construir o sucesso do negócio. É fundamental conhecer e definir o perfil da cliente, adaptando o seu espaço e a oferta às necessidades e expectativas de cada consumidora. Só assim é possível acompanhar este mercado em permanente mutação, apostar nas áreas de negócio que lhe tragam maior retorno e, sobretudo, oferecer um serviço verdadeiramente diferenciador.