Edgar Santo: “Sou uma pessoa bastante fácil de inspirar”
À frente do Venâncio Cabeleireiros, Edgar Santo assume-se como hairstylist mas não esconde o fascínio que tem pelo mundo da moda. O terceiro classificado do passatempo da Tom sobre Tom, em parceria com a L’Oréal Professionnel, fala-nos um pouco da sua visão e apresenta-nos as tendências da próxima estação.
Foi um dos vencedores do passatempo #PortugalcomTalento, onde submeteu a concurso um trabalho de coloração, utilizando Smartbond. O que é que os seus clientes mais valorizam num serviço de coloração (tom, saúde capilar, etc.)?
Hoje em dia a cliente quer, cada vez mais, um serviço de excelência, que consiga colmatar todas as suas necessidades. Pretende uma cor bonita, com profundidade e brilho, sem comprometer a saúde capilar e que seja de fácil manutenção.
No que diz respeito ao seu percurso profissional, o que o levou a fazer carreira na área de cabeleireiro?
O que me levou a tirar o curso foi o interesse em ser um membro ativo no mundo da moda. No entanto, a realidade do salão acabou por me surpreender muito mais do que esperava, o que fez com que eu fizesse as acrobacias necessárias para pertencer a estas duas realidades tão distintas.
Quais as grandes diferenças entre essas duas realidades?
São duas áreas que não considero comparáveis. São, ao mesmo tempo, muito próximas e muito distantes. Em salão dedico-me exclusivamente a cada caso, de forma única e particular. Em moda tento pensar nas sinergias necessárias para que o resultado funcione. Tenho que ter em conta a inspiração, a visão do fotógrafo/realizador ou do designer, a visão do stylist, a visão da maquilhadora, do cliente final e do consumidor.
O Edgar já colaborou em diversos editoriais. Quais as suas fontes de inspiração?
Eu sou uma pessoa bastante fácil de inspirar e a verdade é que a inspiração pode vir de onde menos se espera, quando menos se espera. Desde a arquitetura, à natureza, passando pelas pessoas com quem nos cruzamos na rua ou até a história… Cada um de nós tem a sua forma única de ver o mundo, que mais ninguém tem. É a única coisa que é exclusivamente nossa e ter a capacidade e a possibilidade de transpor essa visão para o nosso trabalho é uma dádiva incrível!
E, tendo em conta a importância da formação, em que âmbitos tem apostado?
Sempre tentei explorar um pouco de tudo o que esta área abrange, tanto em cor, como corte e styling. Considero que as três áreas estão ligadas e são inseparáveis.
Antecipando um pouco o que aí vem, que tendências vão marcar a próxima estação em termos de corte, cor e styling (homem e mulher)?
Na próxima estação os anos 90 vão estar mais fortes do que nunca e vão ser transformados e reinterpretados até à exaustão. Chegam as cores vibrantes e gráficas, contudo, os naturais permanecem; os cortes vão ter muita textura e vão ser desconectados, práticos e fáceis de cuidar em casa.
Na secção masculina, continua a tendência barber vintage que tem vindo a conquistar cada vez mais espaço. No entanto, texturas mais fluídas vêm substituir as formas mais rígidas e gráficas que temos vindo a verificar.
Na sua perspectiva, qual a tendência que vai fazer mais furor?
Eu estou ansiosamente à espera para “brincar” com as cores mais vibrantes.
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