O que deve saber antes de adquirir um equipamento médico-estético

Uma das questões que desde logo se levanta quando se pensa em adquirir aparatologia multifuncional, está relacionada com a eficácia das aplicações, já que “por vezes, muitas tecnologias num só equipamento, tornam os resultados dos tratamentos muito limitados em todas as suas vertentes”, esclarece Ana Marinho Fonseca, responsável AM Group.

Surge, por isso, a necessidade de perceber quais as tecnologias nas quais se deve apostar (pelos clientes, pela procura, pelo factor de diferenciação no mercado e pela área de negócio), de analisar e equiparar as especificações técnicas dos equipamentos, bem como origem, marca, fabricante, relação qualidade-preço, rentabilidade estimada, formação (que inclui a vertente de Marketing) e serviço de pós-venda (garantia e assistência técnica).

          Ana Marinho Fonseca

Ana Marinho Fonseca, apesar de adverter para a necessidade de se estudar o potencial da aparatologia antes de a comprar, ressalva a existência de “equipamentos muito interessantes, que com o recurso a uma tecnologia permitem efectuar uma panóplia de tratamentos, como programas terapêuticos que, recorrendo a uma Endermoterapia com Radiofrequência e Infravermelhos, actuam na redução de gordura, tonificação, estrias, celulite, tratamentos faciais e até drenagem linfática”. Estes, acrescenta, permitem uma fácil recuperação do investimento efectuado, “por serem plataformas com uma grande diversidade de aplicações”.

Ana Marinho Fonseca garante, no entanto, que “de uma forma geral, hoje em dia há tanta oferta, que é possível fazerem-se bons negócios, com investimentos reduzidos”. De qualquer das formas, a necessidade de manutenção, por exemplo, pode suscitar algumas dúvidas relativamente ao retorno financeiro.

Recorrer ao aluguer dos equipamentos e a empresas de prestação de serviços pode, pois, ser uma solução para ter em gabinete os tratamentos que os seus clientes procuram, sem ter de investir muito capital, tal como faz Isabel Salgueiro no seu Instituto, onde trabalha “com prestação de serviços nas áreas do laser, electroestimulação e unhas de gel, que vêm completar o nosso serviço e ajudar-nos a atingir o resultado final”.

Estas são formas, aliás, de “iniciar uma nova tecnologia para analisar o mercado. Se tiver aceitação, avança-se para a compra de uma forma mais consciente”, declara Ana Marinho Fonseca, alertando para algumas das desvantagens que poderão advir do aluguer de equipamentos e subcontratação de serviços, como “falta de disponibilidade, limitação no controlo de preços praticados, falta de controlo total do negócio e falta de controlo da qualidade do equipamento”.

A verdade é que, por vezes, o valor da prestação de serviços cobre a prestação do empréstimo de aquisição do equipamento, por isso “é tudo uma questão de fazer contas e, por vezes, compensa ter o serviço disponível todos os dias, com equipamentos de qualidade superior, não entregando o negócio a terceiros”, remata Ana Marinho Fonseca.

Depois de adquirido o equipamento, a chave de ouro para obter um rápido retorno, no fundo, é “acreditar na tecnologia que se comprou, fazer um plano promocional da inovação que se adquiriu e dominar tecnicamente a tecnologia”. Desta forma, Ana Marinho Fonseca garante que é fácil rentabilizar o investimento em apenas um ano.